Dom José Doth faleceu na cidade de Pedra Branca, interior do Ceará, aos 79 anos de idade, onde residia com a família e se tratava de Alzheimer.
Ainda em Pedra Branca, Dom José Doth foi velado na Matriz de São Sebastião. No dia seguinte o cortejo seguiu com destino à Diocese de Iguatu passando pelas cidades de Mineirolândia e Mombaça.
Em Iguatu, o corpo de Dom José Doth foi conduzido em carro aberto do Corpo de Bombeiros até a Sé Catedral de São José onde missas foram realizadas a cada duas horas em favor de sua alma até a quarta-feira, dia 29, data do sepultamento.
Dom José Doth deixa como um de seus legados a Sé Catedral de Iguatu, construída por ele em seis anos. Curiosamente o bispo emérito de Iguatu foi o primeiro a ser sepultado na Sé Catedral.
A missa de corpo presente foi celebrada pelo Arcebispo de Fortaleza Dom José Antônio Aparecido Tosi Marques e concelebrada por Dom Edson de Castro Homem, bispo de Iguatu.
Nas palavras de Dom José Antonio, Dom Doth “era um artista, um poeta de Deus. Alguém com qualidades bem além das de um padre.”
Para Dom Edson de Castro Homem a Sé Catedral é um “grande presente para a cidade tanto em nível cultural, como religioso. Ganha a cidade e a Diocese.”
O Arcebispo de Aracaju, Dom João José Costa, que já serviu em Iguatu como bispo e que sucedeu a Dom Doth e antecedeu a Dom Edson, conviveu com Dom Doth e “destaca que ele praticou com sabedoria a arte de governar, ensinar e santificar.”
No sepultamento estiveram presentes bispos de várias dioceses do Ceará, padres, freis e monsenhores, além de uma grande legião de fiéis que conheceram e conviveram com Dom José Doth.
Para a maioria dos presentes Dom Doth deixa muito mais que a Sé Catedral como legado. Ele deixa como exemplo a entrega à causa cristã, a rigidez para com a formação dos seminaristas e por fim o zelo inconfundível com os símbolos da Igreja.
Por Luís Sucupira
Fotos – Ana Paula Cavalcante e Luís Sucupira