Há várias mensagens e ensinamentos da Palavra de Deus sobre a importância dos pais, da sua influência, da sua benevolência em relação aos filhos e filhas. Tudo é bênção.
A bênção paterna é rica de promessas e repleta de futuras possibilidades. É a bênção dos bons desejos e aspirações. Traz dentro de si uma oração, uma prece explícita ou oculta. Por isso, não é um rito mágico e convencional, mas expressão da fé no amor de Deus. Só sociedades descrentes ou secularizadas dispensam as bênçãos.
O genitor tem este poder, quase ilimitado, de abençoar sua prole, sua família, seus empreendimentos. Podemos afirmar que de seus lábios e do fundo dos seus corações saem bênçãos terrestres e celestes, em Cristo, no nome de Deus Pai.
Vejam os 12 filhos de Jacó que formaram as tribos de Israel. É dito que o patriarca “os abençoou: a cada um deu uma bênção que lhe convinha” (Gn 49, 28). São bênçãos de prosperidade e longevidade. Assim sendo, que os pais abençoem os filhos de coração e reta intenção! Reconheçam que seus filhos e filhas são a sua própria bênção. A propósito, benzer é também bendizer e dar graças.
Quem ama, cuida. Quem cuida, estimula, incentiva. Por isso, Paulo recomenda: “Pais, não irriteis aos vossos filhos, para que eles não desanimem” (Cl 3, 21). O elogio é um modo de abençoar.
Quem cuida, educa. “Qual é, com efeito, o filho cujo pai não educa? Se estais privados de educação da qual todos participam, então sois bastardos e não filhos” (Hb 12, 7s). O filho não só precisa, mas deseja ser educado pelo pai. A educação paterna é uma bênção que dura a vida toda.
Quem ama, corrige, exorta, admoesta, aconselha. Pertence à literatura bíblica sapiencial a correção que o pai faz. É dever: “Não te envergonhes …de corrigir… os teus filhos” (Eclo 42, 2.5). Corrigido com justiça e moderação é ser abençoado pela vida toda.
Os filhos defenderão o velho pai: “Como flechas na mão de um guerreiro são os filhos da juventude. Feliz o homem que encheu sua aljava com elas; não ficará envergonhado frente às portas, ao litigar com seus inimigos” (Sl 127, 4-5). É a bênção do cuidado e do apoio, pois “o velho volta a engatinhar”. Os papéis se invertem, o filho é a força do pai.
Quanto ao Filho de Deus, Ele esclareceu que os pais sabem doar coisas boas aos filhos: “Quem dentre vós dará uma pedra a seu filho, se este lhe pedir pão? ” (Mt 7,9); “Ou lhe dará uma cobra, se lhe pedir um peixe? ” (Mt 7,10). Os filhos e filhas confiam em seus pais, naturalmente. Faz parte da bênção da vida e da existência normal. Elevemos, pois, nossos louvores “ao Pai das luzes” (Tg 1, 17) do qual um homem recebe o dom da paternidade, cultiva o amor responsável à prole, em parceria com sua esposa.
A beleza do casamento fecundo ensejou a poesia do salmista: “tua esposa será vinha fecunda, no recesso de teu lar; teus filhos, rebentos de oliveira, ao redor de tua mesa” (Sl 128, 3). Também motiva as felicitações da Igreja aos pais no seu dia: Bênçãos de Saúde, Prosperidade e Paz!