A PROPÓSITO DA FAMÍLIA

O Natal é festa da família: Jesus, Maria, José. Família única e especial. Sagrada, devido à presença do Senhor Jesus, o Filho de Deus feito homem. Santificada pelo Espírito de Deus que consagrou Maria com vínculos esponsais e tornou José, capacitado de ser esposo e pai, casto e providente.

Quanto a Jesus, quis santificar o amor conjugal, aceitando o convite de estar no casamento em Caná, com sua Mãe e os discípulos. Transformou água em vinho para que a alegria não acabasse. Ele próprio se fez Esposo de sua Igreja, pela aliança de amor, na cruz.

 Deus tem um plano e um evangelho para a família. No entanto, é grande a dificuldade de apresentar e de viver a Boa Nova da família cristã. Existe a propaganda da cultura atual, veiculada por toda a parte e, sobretudo, pelas mídias a respeito de novas formas de famílias, fora do projeto original do Criador.  Existe a contínua desconstrução, a avassaladora desqualificação, a completa rejeição da proposta cristã da vida conjugal e familiar. Muitos casais, porém, resistem bravamente. Jovens casais desejam e conseguem, em colaboração com a graça, pela fidelidade à vida sacramental.

Papa Francisco, sempre antenado, escreveu na Amoris Laetitia: “Como cristãos, não podemos renunciar a propor o matrimônio, para não contradizer a sensibilidade atual, para estar na moda, ou por sentimentos de inferioridade face ao descalabro moral e humano; estaríamos a privar o mundo dos valores que podemos e devemos oferecer. (…) É nos- pedido um esforço mais responsável e generoso, que consiste em apresentar as razões e os motivos para se optar pelo matrimônio e a família, de modo que as pessoas estejam melhor preparadas para responder à graça que Deus lhes oferece” (n. 35).

Há algum tempo a Pastoral Familiar se tornou prioritária em nossas Dioceses. Presta um inestimável serviço aos lares. Cresceram os Cursos de Noivos e para Novas Uniões. Mentes esclarecidas suscitaram grupos de casais, em Associações e Movimentos, tais como: Movimento Familiar Cristão, Equipes de Nossa Senhora, Encontro de Casais com Cristo, etc. O campo é vasto e atraente. Convém reconhecer e agradecer tais iniciativas, na Solenidade da Sagrada Família. Efetiva-las. Melhora-las.  

Convido a todos a lerem ou a relerem a Amoris Laetitia. É necessário criar grupos de estudo para aprofundar sua mensagem. A propósito, vejam a importante pontuação de nosso Papa. É quase autocrítica. Diz: “Durante muito tempo pensamos que, com a simples insistência em questões doutrinais, bioéticas e morais, sem motivar a abertura à graça, já apoiávamos suficientemente as famílias, consolidávamos o vínculo dos esposos e enchíamos de sentido as suas vidas compartilhadas. Temos dificuldade em apresentar o matrimônio mais como um caminho dinâmico de crescimento e realização do que um fardo a carregar a vida inteira. Também nos custa deixar espaço à consciência dos fiéis, que muitas vezes respondem melhor que podem ao Evangelho no meio dos seus limites e são capazes de realizar o seu próprio discernimento perante situações onde se rompem todos os esquemas. Somos chamados a formar as consciências, não a pretender substitui-las”.

Peço à Sagrada Família de Nazaré pelos lares da Diocese de Iguatu. A TODAS AS FAMÍLIAS, FELIZ E PRÓSPERO ANO NOVO DE 2020 COM AS MELHORES BÊNÇÃOS CELESTES E TERRESTRES!

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