Entrevista com Dom José Mauro – 1º Bispo da Diocese de Iguatu

ENTREVISTA COM DOM JOSÉ MAURO RAMALHO DE ALARCÓN E SANTIAGO –  1º BISPO DA DIOCESE DE IGUATU, REGENDO-A ENTRE 1962 E 2000.

Osmar Filho: É com muita alegria que nós nos encontramos aqui, na residência episcopal de Dom José Mauro.

Dom Mauro, que esteve por longos anos, mais precisamente, de 1962 a 2000, à frente do governo pastoral da Diocese de Iguatu.

Nossa Diocese, enquanto família, vai-se encaminhando para celebrar o seu Jubileu de Ouro de ereção canônica. 

E é evidente que Dom Mauro, tendo sido o primeiro pastor – o primeiro Bispo! -, foi quem lançou a semente; quem arquitetou – podemos dizer – o arcabouço administrativo da Diocese… tem muito a nos falar, aqui numa meia hora de diálogo. E a gente vai registrar esta conversa, e vamos postá-la na internet, e, assim, disponibilizar este documentário ao alcance dos nossos internautas.

Então, Dom Mauro, boa tarde! 

Nós gostaríamos que o senhor nos desse umas primeiras informações neste sentido:  O SENHOR FOI NOMEADO BISPO PELO PAPA JOÃO XXIII…

Dom Mauro: (confirmando) … João XXIII. Eu estava em Aracati. Eu era vigário em Aracati. Eu tinha uma média de 13 anos de sacerdócio: exercidos 5, em Limoeiro; 2 em Aracati, como Capelão do Seminário Menorista, e estava findando o quinto ano de meu pastoreio como vigário de Aracati. E fui surpreendido, lá pelo mês de agosto, ou setembro, por uma Carta da Nunciatura Apostólica no Brasil, avisando-me que o Papa João XXIII me tinha escolhido para ser o 1º bispo da Diocese de Iguatu. Esta notícia tinha sido precedida por alguns sinais que me deixaram, assim, atento, à possibilidade de chegar essa notícia: os boatos! Toda notícia é precedida de boato! E boatos de quem não sabia guardar o segredo.

Osmar Filho: (interferindo, complementando) – Segredo pontifício, nesse caso.

Dom Mauro: – É… que insinuava: isso ou aquilo. Boato até para as pessoas da minha casa: a minha mãe, minhas irmãs.

Um belo dia, eu recebi uma visita de um padre – que já é defunto – e ele foi entrando de casa adentro, lá na Casa Paroquial de Aracati, me falando, saudando-me como o Bispo de Mossoró… (risos gerais). Certamente ele tinha qualquer notícia para fazer essa saudação.  Cheguei aqui em 1962, aqui em Iguatu, no dia 3 de fevereiro.

Osmar Filho: Naturalmente, antes, houve a Sagração, que foi em Aracati.

Dom Mauro: Fui sagrado em Aracati no dia 6 de janeiro de 1962. E tomei posse na Diocese no dia 4 de fevereiro de 1962. É claro que iniciar a atividade numa Diocese significa cuidar de tudo. O povo de Iguatu me recebeu com muita alegria, e preparou a minha chegada aqui, como era possível ao povo surpreender-se com a presença de um bispo. Mas as estruturas estavam todas por serem lançadas. Eu fui para a casa do padre. O padre renunciou à casa dele. Eu me lembro que um dos primeiros vigários da Paróquia foi o padre Antônio Vieira, que veio lá de Icó. E ele precisou alugar uma casa, porque eu estava na casa que era dele. Eu recebi visita do Deputado Federal iguatuense, Adahil Barreto Cavalcante, que foi me aguardar, enquanto eu saia do banheiro da casa onde eu estava. Ele me viu de toalha no ombro e saboneteira na mão. Eu nem pude preparar o contato; eu sai do banheiro. E ele foi me saudando, na saída do banheiro, com esta palavra interessante: característica dum Dom Mauro Ramalho no seu palácio plebeu. (Risos gerais). E comecei a atividade, com muita alegria, com muita determinação, como Deus me permitia. E tudo foi chegando… tão bonito. Como Deus cuida das coisas dele! Tudo foi chegando! A começar da generosidade dos deputados, representativos aqui da Região:  Figueiredo Corrêa, de Várzea Alegre, que nem é da Diocese de Iguatu; Wilson Roriz, primo de Mons. Couto, que era o Vigário Geral, lá do Cariri.  Hugo de Gouvêa Soares, sobrinho do ex-prefeito de Iguatu, Dr. Manoel Carlos de Gouvêa. E eles se associaram para procurar uma resposta financeira às necessidades iniciais da Diocese. Eu não tinha casa, eu não tinha um veículo para me movimentar. E eles foram pensando em tudo isso. Tive a chance… a boa chance, de possuir governadores muito aconchegados a mim. O primeiro era Parsifal Barroso, homem decididamente… manifestamente católico.  O outro, era filho de Mombaça…

Osmar Filho: (complementando) … Dr. Plácido Aderaldo Castelo.

Dom Mauro: … Dr. Plácido Castelo, que eu fui visitar, e ele me acolheu com estas palavras: “Dom Mauro, eu sou seu diocesano! O senhor, até agora, não me pediu nada.”  Àquela hora, eu disse: mas eu vou lhe pedir agora!  Então pedi a ele que comprasse um prédio à venda, para a Escola de Comércio, que tinha me sido entregue por uma comissão de iguatuenses, tempo antes. E ele adquiriu o prédio, e o reformou, adequando-o para uma escola. É o atual prédio da Escola Técnica de Comércio, que, por falta de sintonia, de ajustamento das coisas, terminou ficando do próprio estado, porque não houve a prontidão do Governador Plácido Castelo de passar documentos doando, por escritura…

Osmar Filho: (complementando) … faltou  a parte legal…

Dom Mauro: – É… faltou a parte legal. E, até agora, eu não consegui sensibilizar alguns dos governadores que lhes sucederam, para fazer esta passagem, do edifício, da posse do edifício: que, de Direito, é da Diocese; e, de fato, é do governo do Estado.  Isso…  são detalhes que talvez  não merecessem ser considerados agora. Mas eu estou conversando espontaneamente…

Osmar Filho: De fato, esta nossa conversa deve ir fluindo, assim, bem ao natural, sem nada programado.. (…) Dom Mauro, permita-me fazer agora, aqui, uma referência à Irmã Teresa. Ela que também faz parte da família Diocesana; ela, que conheceu as nascentes da Diocese; e que foi uma grande colaboradora de Vossa Excelência nas visitas pastorais. Ela vai já fazer uma pergunta relacionada às visitas pastorais. Mas, antes, gostaria que o senhor nos desse uma notícia do Concílio Vaticano II. O Senhor, feito bispo em 62, chegou, portanto, a fazer parte do episcopado brasileiro, da CNBB, num ano altamente significativo para a Igreja. O senhor participou do Concílio. Nos dê uma notícia de como foi esta experiência.

Dom Mauro: – (Voz emocionada) – Naqueles primeiros dias, em que eu começava a sentir as responsabilidades de Bispo de Iguatu, chegou-me uma Carta do Papa, através dos setores competentes, convidando-me para participar do Concílio Ecumênico Vaticano II. O Concilio Ecumênico Vaticano II foi um acontecimento singular, definido pela própria Providência Divina. Ele se realizou no tempo oportuno. Já devia ter sido convocado pelo Papa Pio XII, que não o convocou por conta das tarefas e dos problemas que o cercavam no seu pontificado. A gente deve se lembrar que o mundo se conturbou com a 2ª Guerra Mundial. Não estava satisfeito de guerra – que tinha acontecido de 1914 a 1918. (…) Pio XII estava assoberbado de problemas, com a luta dos poderes absolutistas, de hitlerismo, de comunismo, que ameaçavam até o próprio Papa Pio XII. Se Hitler não invadiu Roma, é porque era uma ousadia fenomenal. Na cabeça dele – pelo que se sabe – o projeto dele era tomar Roma, talvez até prender o Papa. Mas a Providência é quem governa o mundo… então, ele não conseguiu isso. O Papa estava noutra tarefa, de que ele sofreu muito as conseqüências: a luta contra os Judeus, naquela Guerra. E alguém achou de acusar o Papa, de não ter cuidado daquela injustiça de Hitler, perpetrada contra os judeus. Mas o Papa, silenciosamente, estava procurando oferecer guarida para os judeus, que estavam ao alcance dele defender. Houve até um livro, que foi muito divulgado naquele tempo, chamado “O Vigário”, em que esta acusação foi feita frontalmente por escrito.

Mas o Papa estava impossibilitado de celebrar o Concílio, porque ele precisaria, primeiro, de um ambiente de paz; e não havia esse ambiente. Coube ao Papa João XXIII convocar o Concílio, e havia gente que nem esperava que o Papa convocasse o Concílio, porque, na visão de muita gente, o Papa estava muito velho. Dizia-se que ele era um Papa “de passagem”; e a primeira coisa que ele fez, para a surpresa de todo mundo, foi convocar o Concílio. Aos jornalistas que vieram ao Vaticano, ele concedeu aquela entrevista coletiva, dizendo para eles que que significava o Concílio para a Igreja.  Ele se levantou do lugar onde se encontrava, na sala em que ele recebeu os visitantes, e abriu a janela da sala, para dizer que o Concílio Vaticano II… ele ia oferecer nova luz para a Igreja. E expressou o pensamento dele dizendo “aggiornamento “, que é uma palavra italiana, para significar: à luz do dia, à luz dos fatos, à luz do momento.  Porque… de fato, o mundo passou por uma transição muito forte. A gente vivia num mundo que aceitava a Igreja, embora com todas as lutas que a Igreja enfrenta, e agora a gente entrava para o tempo da Idade Moderna, que tem outros ases, outros pensamentos, outras idéias. E… o tempo vai passando,  e a gente vai  sentindo como o pensamento humano está sintetizado na força do dinheiro e da modernidade, com palavras até  escolhidas para expressar esta visão moderna de mundo:  um mundo sem Deus, um mundo materialista, um mundo que procura descartar os valores tradicionais.

Foi nesse clima, que eu passei os meus 38 anos de bispo diocesano de Iguatu, à luz do Vaticano II, com uma visão renovada, e transmitindo essa visão renovada para a comunidade da Diocese iguatuense. Com valores que se desenvolveram naquele primeiro tempo; valores que foram deixados de lado, por uma multidão de razões; mas que foram a força da minha atividade pastoral de início.

(…) As Comunidades… eu fui um bispo das Comunidades (Comunidades Eclesiais de Base).  Teresa Bandeira (nesta hora, Dom Mauro se volta para Ir. Teresa) bem que sabe disso. Eu visitava as Comunidades.  Eu reunia as lideranças das Comunidades, que estavam no auge naquele tempo. E, assim, iam se renovando, iam circundando, iam se fortalecendo, iam se renovando as lideranças nas Comunidades Eclesiais de Base. A novidade da Comunidade Eclesial de Base é exatamente a consciência de Igreja naqueles núcleos que conviviam com as mesmas dificuldades, com as mesmas interrogações, com os mesmos anseios, com a mesma luta, com a mesma vontade de crescer.

 (Dom Mauro volta-se para Ir. Teresa): Que que você diria, Teresa, da experiência que você viveu, com muitas outras pessoas, ao meu lado, naquelas visitas?

Ir. Teresa: Eu cheguei a Iguatu em 1967. Ajudei a colecionar todos os relatórios da 1ª Assembleia Diocesana, que foi realizada em dezembro de 1966. Daí, nós… as irmãs que viemos para o Colégio São José, nós nos dedicarmos, também, por convocação da Diocese…  Porque, para cada equipe:  equipe de liturgia, equipe de catequese, e outras, foi designada uma religiosa para cuidar daquela equipe. (…) Me colocaram na equipe de Liturgia.  Por conta disso, a Diocese, por intermédio de Dom Mauro, me mandou para o Rio de Janeiro. Fiquei três meses lá, fazendo um curso. Depois, foi assim… o deslanche das atividades da irmã Lúcia, da irmã Gilza, da irmã Rita, e de outras irmãs, que se dedicaram à pastoral.  Porque a finalidade da Congregação das Filhas de Santa Teresa era só a educação. Nós ficamos numa casa, comum, – casa que as pessoas chamavam “das irmãs da Pastoral“.  Então, a gente era convocada, nas Visitas Pastorais, que duravam 8 ou 10 dias, para fazer parte da Comissão: eram o Senhor Bispo, o Vigário, os padres que iam auxiliar nas confissões. E.. lá a gente fazia aquele trabalho que preconizou esse contato com as Comunidades, porque a gente reunia casais, jovens, crianças.. de uma maneira bem simples, mas o objetivo era  a evangelização. (…) E, assim, a gente foi se engajando na Pastoral, a ponto de, depois, essas irmãs que já foram citadas… nós deixamos o trabalho de educação, lá no São José, e ficarmos trabalhando nas comunidades. Além das Visitas Pastorais, foram surgindo os núcleos das Comunidades Eclesiais de Base, da Celebração do Dia do Senhor, que tinha sido sempre se orientado pelo Programa A Voz do Pastor… que, tinha sido antecedido por um programa do Pe. Elmas, intitulado Meu Pai é o Agricultor. (..) um dos primeiros programas de formação das Comunidades foi esse. Depois, veio a Voz do Pastor que, até hoje, está dando o seu recado para o pessoal que ainda sente saudade… que ainda quer se organizar. Depois… vieram os cursos de formação para as Comunidades.

Dom Mauro: – É interessante que eu agora reforce um pouco o comentário de Teresa, colocando para os que estão me ouvindo, que um dos assuntos que mereceu consideração forte, da parte do Vaticano II, foi a utilização dos Meios Modernos de Comunicação. (…) Houve documento conciliar sobre os Meios de Comunicação Social!  A gente verificou que as conquistas modernas tinham uma fonte de expressão, nos meios modernos de comunicação: rádio, televisão… que estava começando; jornal… e então a gente se dispôs a utilizar estes Meios. (…) Eu não perdia um programa A Voz do Pastor… que tinha hora exata, todo domingo: meia hora antes da missa dominical. Eu celebrava na catedral de Senhora Sant’Ana, precedido de meia hora daquele programa, que eu passei a chamar A VOZ DO PASTOR. O Programa alimentava os núcleos das Comunidades Eclesiais de Base, porque os animadores da Celebração da Palavra, no meio rural, ficavam atentos àquele Programa, que, nas suas finalidades, queria, também, orientar os animadores a terem um discurso adequado, uma palavra, uma homilia, uma explicação da Palavra de Deus, que eles não tinham tanta prática de oferecer, mas, com a leitura do texto do evangelho e a explicação que eu lhes dava, tinham o momento de formação.

Um segundo momento daquele Programa era a notícias das comunidades, através das cartas.

Osmar Filho: (complementando) – A socialização das cartas…

Dom Mauro: – É… Eu tinha auxiliares preciosos naquela programação. Lembro-me bem de Luciene Lima que, hoje, é uma das pessoas de prol, do Banco do Brasil. (…) Ela se prontificou com muito carinho a participar, a cada domingo, daquele Programa. Eu lia aquelas cartas, a gente comentava. A gente via o que era mais saudável dizer para o povo, a propósito dos comentários das cartas. Foi um tempo muito feliz!

Osmar Filho: – Dom Mauro: e as Visitas Ad Limina? O senhor esteve com alguns papas…

Dom Mauro: – As Visitas Ad Limina são contatos que cada bispo mantém com o Papa, passados cinco anos do seu tirocínio na Diocese.

Osmar: – Está no Direito Canonico.. é prescrição canônica…

Dom Mauro: – É. A gente manda aquele relatório dos cinco anos, que é uma notícia mais abrangente da vida da Diocese: extensivamente, territorialmente. O relatório chega antes da Visita, e o Papa vai conversar com aquela base, para o entendimento com o Bispo Diocesano. Lembro-me bem de João Paulo II, com o mapa do Brasil, do Nordeste, do Ceará, apontando com o dedo a Diocese de Iguatu.

Osmar Filho: – A comunicação com João Paulo II, na audiência, se dava em língua…

Dom Mauro: (complementando) … em língua portuguesa.

Osmar Filho: – O senhor também esteve com o Papa Paulo VI.

Dom Mauro: – Eu só não tive, assim, um contato mais direto, com o Papa João XXIII, porque ele abriu o Concílio Vaticano II, presidiu à Primeira Sessão do Vaticano II… mas, em dezembro daquele ano de 1962, ele já estava acometido de um câncer. E fiquei para a missa de canonização de São Julião Eymard. E o Papa presidiu só ao essencial da canonização. Ele não tinha mais capacidade para longas cerimônias litúrgicas. Lembro-me até que aqueles que levavam o Papa, na Sédia Gestatória, nos ombros, pararam a Sédia, no final da cerimônia… – Eu estava presente, com os demais bispos! – Mas, para ele vencer uma distância de 20, 30 metros… era um problema! Eu me lembro, eu estava perto: o Papa fazendo um aceno para os portadores da Sédia Gestatória, a que viessem mais perto dele, porque passadas mais longas ele não tinha capacidade.  E ele, agora na Sédia, fazendo aquele percurso pela Basílica de São Pedro, e o povo aclamando o Papa – como era costume: Viva il Papa! … E o Papa concedendo um sorriso, para consolar os que o aclamavam, que mal sabiam… que incômodo, que dores ele estava levando consigo. Foi todo este contraste que eu percebi, naquele último contato com o Papa, em dezembro de 1962. Ele morreu em junho do ano seguinte, apesar de todo o carinho com que a medicina italiana, romana, o acolheu.

Osmar Filho: – Depois de João XXIII… Paulo VI, João Paulo II, … e com o atual Pontífice, Bento XVI?

Dom Mauro: – Com Bento XVI, eu me encontrei há alguns meses, depois da eleição dele.  Eu fui até a Terra de Jesus, numa peregrinação, e passamos por Roma.  E eu fui a uma das audiências das quartas-feiras.

Osmar Filho: – As famosas audiências…

Dom José Mauro: – É… Naquele dia… se eu não estou com a memorial alterada, havia milhares de pessoas. Não sei se estou inventando, quando digo que eram 140 mil pessoas…

Osmar: – Possivelmente.

Dom Mauro: – Os bispos ficam na audiência, porque, depois da audiência, o Papa aperta a mão de cada bispo, e… diz isso,  diz aquilo;  ouve isso, ouve aquilo… E eu esperei o momento de falar com Bento XVI. E aí, quando chegou a minha vez, eu disse:  Santissime Pater, Il sole vescovo di Giovanni vintetresimo. Ele abriu aquela boca, com ar de surpresa. E isso tudo ficou registrado, porque não falta alguém lá.. e eu guardo estas fotografias.

Osmar Filho: –  Dom mauro, agora, o Jubileu. Qual a mensagem que o senhor deixa para nós, diocesanos de Iguatu?  Quais as expectativas?

Dom Mauro: – O Jubileu da Diocese está fundido com o Jubileu de Dom Mauro. Quem se lembrar das festas da Diocese, tem que se lembrar daquele que era alvo das festas na inauguração da Diocese. Eu tenho uma vivência afetiva muito profunda, porque 50 anos de Diocese se confundem com o meu esforço. Eu posso dizer, em consciência: eu não medi esforços, para dar tudo o que era de mim

Osmar: – Somos testemunhas, Teresa e eu, e muitas pessoas.

Dom Mauro: – É… Então, estou na expectativa de que Deus me conceda a graça de chegar àquele dia.

Osmar Filho: – Que tal se nós encerrássemos este registro, com o Senhor ao piano? (risos gerais)

Dom Mauro: – Eu só posso ir ao piano, se vocês cantarem ao piano. (mais risos).

O Hino de São Pedro e São Paulo. Esse Hino de São Pedro e São Paulo, eu o musiquei. Ele é Hino da Liturgia de Pedro e Paulo, no Breviário. 

Osmar Filho: – E o Hino do Jubileu de Ouro da Diocese? será o mesmo do Jubileu de Prata?

Dom Mauro: – Admito que Dom João Costa não irá querer um outro Hino de Jubileu, que aquele que já foi cantado nos 25 anos.

Osmar Filho: – Em 1987, “19 paróquias se unem em louvor ao seu Deus Soberano.” Neste 2010, são 24.

Dom Mauro: – É, agora são 24 paróquias.

Osmar Filho: – Então, agradecemos a Dom Mauro, por nos ter dado esta entrevista, e solicitamos ao Junior, nosso cinegrafista, uma pausa, enquanto nos dirigiremos ao piano.

OBS.: Nossa entrevista com Dom José Mauro encerrou-se, de fato, em seu gabinete de trabalho, com a execução do Hino acima referido.

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