Durante o curso, os bispos conhecem o funcionamento da estrutura da Cúria Romana e participam de momentos de espiritualidade e formação. O episcopado tem a oportunidade de conhecer as instalações do Vaticano, para compreensão das tramitações internas na Santa Sé, requerimento de documentos e outros tipos de serviços necessários para seu bispado.
Mais de 100 novos bispos do mundo inteiro, nomeados entre 2013 e primeiro semestre de 2014, participam de encontro, promovido pela Congregação do Bispos, no Vaticano. A reunião teve início no dia 9 e encerra, hoje, 18 de setembro. A Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) está representada por 12 novos bispos que receberam a nomeação no último ano.
Audiência
Na manhã desta quinta-feira, 18, o papa Francisco recebeu os novos bispos em audiência. Francisco falou sobre os aspectos necessários ao ministério episcopal e encorajou a missão desses pastores da Igreja.
No discurso, o papa ressaltou que os bispos são homens escolhidos por Deus para cuidar do povo a eles confiados, chamados a servir com assiduidade, constância e paciência. “É belo poder ver refletido no rosto o mistério de cada um e poder ler o que escreveu Cristo. É consolador ver que Deus não deixa faltar à Sua Esposa os Pastores segundo o seu coração”, disse.
O papa destacou a importância dos bispos manterem proximidade e comunhão com a comunidade. “Toda autêntica reforma da Igreja de Cristo começa com a presença, a de Cristo que nunca falta, mas também a presença do Pastor que guia em nome de Cristo. Esta não é uma recomendação piedosa. Quando o Pastor é ausente ou não pode ser encontrado, estão em jogo o cuidado pastoral e a salvação das almas”, acrescentou.
Francisco pediu ao episcopado para que permitam que o Espírito Santo os conduza na missão e “para que amem o povo Deus lhe deu”.
Pais e pastores
O papa dedicou ainda um pensamento ao relacionamento com os sacerdotes. “Exorto-os a cultivar em vocês, Pais e Pastores, um tempo interior no qual se possa encontrar espaço para os seus sacerdotes: recebam-nos, acolham-nos, escutem-nos, guiem-nos”, disse.
Ao final de sua fala, o papa pediu, ainda, aos novos bispos para que sejam acessíveis. “Não pela quantidade de meios de comunicação dos quais dispõem, mas pelo espaço interior que oferecem para acolher as pessoas e suas concretas necessidades, dando a elas a totalidade do ensinamento da Igreja, e não um catálogo de arrependimentos. E a acolhida seja para todos, sem discriminação, oferecendo a firmeza da autoridade que faz crescer e a docilidade da paternidade que gera”, concluiu.