DE UM ANO PARA OUTRO

Iniciamos o novo ano de 2021 com as bênçãos de Deus como nos sugere a Liturgia Católica: “O Senhor te abençoe e te guarde! O Senhor faça brilhar sobre ti a sua face, e se compadeça de ti! O Senhor volte para ti o seu rosto e te dê a paz! (Nm 6,24-26).

Especialmente, desejamos a bênção da pacificação dos conflitos e das mentes, no primeiro dia de janeiro, quando o Papa Francisco nos convida a refletir sobre o valor da paz. Ele constata a necessidade de uma “nova arquitetura e artesanato da paz”. Tarefa mundial, nacional e local.

No Brasil dos atuais extremos e radicalizações, urge uma nova construção social e política que saiba integrar e dialogar com as diferenças para superar as tensões, as desigualdades, as polarizações, os conflitos urbanos e rurais, as hostilidades e retaliações.

2020 ficará na história como o ano da Covid 19, ano de extremas dificuldades devido à pandemia que afetou a economia das nações e das famílias e aumentou a pobreza, o desemprego e até a fome, também no Brasil. Embora muitos se recuperaram da pandemia, foi o ano dos enlutados. Porém, retornou algum grau de esperança com o anúncio das vacinas.

Convém realçar que a Igreja Católica fez e fará seu dever de cooperar com a saúde da população, restringindo as celebrações presenciais e ampliando as digitais, educando para o cuidado da saúde pelo uso da máscara e do álcool-gel. Nossas igrejas agiram corretamente.

Quem fizer a virada para o ano 2021, há de agradecer bastante a Deus cuja providência ofereceu uma bênção especial para que atravessasse incólume. Após as incertezas do ano que se vai, entramos esperançosos no ano novo para que seja bom ou melhor.

Em 2021, Deus nos livre das consequências físicas e sociais da pandemia, sobretudo, do desemprego e da fome, da violência e da desigualdade, inspirando nossas lideranças para zelarem pelo bem comum, afim de que tenhamos uma vida tranquila e próspera e feliz.

Ainda na oitava do Natal, celebramos, no dia 01º de janeiro, a Solenidade da Santa Mãe de Deus, Maria. A Igreja, indo espiritualmente a Belém com os Pastores, encontra Maria e José, e o Recém-nascido, deitado na manjedoura” (Lc 2,16). É a cena comovente do presépio.

A cena e o cenário convidam à contemplação do mistério do Natal, a Sagrada Família e, sobretudo, a figura materna daquela que “guardava todos os fatos e meditava sobre eles no coração” (v.19). Meditar com este coração de mãe é silenciar diante da sublimidade do Natal. É preciso igualmente deixar-nos envolver pelos sentimentos de alegria dos pastores que “voltaram, glorificando e louvando a Deus por tudo que tinham visto e ouvido…” (v.20).

Oito dias após, corresponde ao dia da circuncisão do Menino, rito que o insere na cultura do seu povo, na marca da carne, como sinal da aliança e da pertença. Diz a Lei: “Todo homem, no oitavo dia do seu nascimento, será circuncidado entre vós nas gerações futuras” (Gn 17,12-13). Entretanto, Jesus haveria de nos resgatar dessa sujeição (Gl 4,5) desde o batismo.

A circuncisão é o dia do recebimento do nome de Jesus que contém o significado de sua missão salvadora. Paulo afirmaria: “ao nome de Jesus se dobre todo o joelho” (Fl 2,10). Também os nossos, desde os primeiros acordes de 2021, para que seja, integralmente, entregue ao louvor e à honra do Salvador, ao amor fraterno e à paz com todos.

FELIZ E PRÓSPERO ANO NOVO! SAÚDE E PAZ!

Fonte da foto: https://to.catolica.edu.br/portal/evento/live-alegrem-se-na-esperanca-romanos-1212/alegrem-se-na-esperanca-romanos-1212/

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