No próximo dia 28 de janeiro, ocorre os 60 anos da criação da Diocese de Iguatu, através da Bula Pontifícia In Apostolicis do Papa São João XXIII, de 28 de janeiro de 1961, a pedido do Núncio Apostólico do Brasil, Arcebispo Armando Lombardi.
Diz a Bula Pontifícia: “…fundamos a Nova Diocese, que se chamará “De Iguatu” ou “Iguatuvina”, circunscrita aos mesmos limites dos Municípios, de que consta. A Sede da Nova Diocese será a Cidade de Iguatu, onde o Bispo estabelecerá sua Sede colocando a Cátedra do sagrado ministério, na Igreja Curial, que ali se encontra, dedicada a Deus, em honra a Santa Ana, Mãe da Bem-aventurada Virgem Maria, o qual templo elevamos a dignidade de Igreja-Catedral, com os direitos, honras e privilégios”.
Antes, porém, o Papa estabeleceu o território da nova Diocese: “Da Arquidiocese de Fortaleza desmembramos os territórios dos Municípios que, vulgarmente, se chamam Milhã, Mombaça, Pedra Branca, Piquet Carneiro, Senador Pompeu, Solonópole. Igualmente, desmembramos da Diocese do Crato, os territórios dos Municípios, que se chamam Acopiara, Arneiroz, Aiuaba, Cariús, Catarina, Cedro, Cococi, Icó, Jucás, Orós, Parambu, Saboeiro, Tauá…”. Posteriormente, os Municípios de Cococi, Parabu, Tauá foram desmembrados para a nova Diocese de Crateús.
Desde o conhecimento do conteúdo da Bula, iniciaram-se os preparativos para acolher o Bispo que seria eleito e nomeado, pois não podia existir Diocese sem Bispo. Coube a Dom José Mauro Ramalho de Alarcón e Santiago a honra e a tarefa de ser o primeiro Bispo, formando os elementos institucionais e pastorais para sua realização. Sua Santidade, o Papa São João XXIII o nomeou como primeiro Bispo, em 21 de outubro de 1961.
Sagrado Bispo, na Solenidade da Epifania, em 6 de janeiro de 1962, em Aracati, esperou para assumir a Diocese de Iguatu, no dia 4 de fevereiro do mesmo ano. Depois de tanta expectativa e preparação protocolar, o povo iguatuense tem seu primeiro Bispo, acolhido com manifestações públicas de afeto, e a Cidade se torna sede de uma Diocese ou Igreja Particular. O ato engrandece a Cidade. A partir de 1962, escreve-se a história diocesana com a liderança de Dom José Mauro e seu presbitério, com a colaboração das religiosas, dos fiéis leigos (as), agentes de pastoral e funcionários.
O Concílio Ecumênico Vaticano II define a Diocese como “porção do Povo de Deus confiada a um Bispo para que a pastoreie em cooperação com o presbitério, de tal modo que, unido a seu Pastor e por ele congregada no Espírito Santo mediante o Evangelho e a Eucaristia, constitua uma Igreja Particular, na qual verdadeiramente está e opera a Una Santa Católica e Apostólica Igreja de Cristo (Decreto Christus Dominus, 11). Por isso, a celebração dos 60 anos da Diocese acontecerá no próximo ano de 2022 quando se comemorará a recepção e posse do seu primeiro Bispo.
À semelhança do que historicamente aconteceu, desejo que a partir do dia 28 de janeiro de 2021, nós comecemos a preparar nossos corações e intenções para os festejos dos 60 anos do início da Diocese de Iguatu com a chegada de seu primeiro Bispo. Esclarecendo: Em 2021 será a preparação, em 2022 a celebração. Aproveitemos estes dois anos para fins pastorais de evangelização e de catequese a fim de que renovemos nossa Diocese pela formação e a educação na fé e na vivência.
Já neste ano de 2021, intensifiquemos, dentro do possível, devido às dificuldades trazidas pela pandemia, os pilares da Ação Pastoral Orgânica, segundo o objetivo da Ação Evangelizadora da Igreja no Brasil. Aproveitemos este tempo propício com a ajuda de Deus e a proteção de São José, Padroeiro da Diocese e de Senhora Sant´Ana, Padroeira de Iguatu.
1º Bispo Diocesano Dom José Mauro Ramalho de Alarcón e Santiago
2º Bispo Diocesano Dom José Doth de Oliveira
3º Bispo Diocesano Dom João José Costa
4º Bispo Diocesano e atual Dom Edson de Castro Homem
Fonte de Imagem: http://www.ihu.unisinos.br/noticias/43952-joao-xxiii-il-papa-buono-faleceu-no-dia-3-de-junho-de-1963