No dia 19 de abril completou um mês que o Papa Francisco nos presenteou com a Exortação Apostólica Pós-Sinodal: Amoris Laetitia, ou seja, Alegria do Amor na família.
À semelhança da Exortação Apostólica: Evangelii Gaudium, de 2013, o recente documento foi escrito sob o sinal da alegria. De fato, inicia-o, dizendo: “ A Alegria do Amor que se vive nas famílias é também o júbilo da Igreja” (n.1).
É dirigida a Exortação: “Aos Bispos, aos presbíteros e aos diáconos, às pessoas consagradas, aos esposos cristãos e a todos os fiéis leigos sobre o amor na família”. Por isso, aos irmãos e irmãs diocesanos, incentivo sua leitura integral, aconselho sua releitura, atenta e minuciosa, e solicito o estudo reflexivo, sobretudo, junto aos jovens, noivos e casais.
Para tanto, há a necessidade dos agentes de pastoral, padres e religiosas e leigos, se familiarizarem com o texto. É preciso lê-lo até porque, hoje, mais do que nunca, é urgente aprofundar as dimensões do amor verdadeiro que provoca alegria e felicidade aos casais e aos filhos. Que amor é este? Aquele que o Papa nos apresenta em todo o alcance e beleza.
Na Introdução, ele diz que recolheu as contribuições dos dois Sínodos sobre a família. Acrescentou outras considerações para orientar a reflexão, o diálogo ou a práxis pastoral e para oferecer coragem, estímulo e ajuda às famílias na sua doação e nas suas dificuldades. Portanto, junto com a alegria, a Exortação também se reveste de estímulo positivo.
O próprio Papa nos oferece um método de leitura proveitosa. Não se trata de leitura geral, apressada, para saber o que ele disse ou não. Não se faça tampouco leitura dinâmica. Logo se perderia a dinamicidade da mensagem e do ensinamento. Ao contrário, a leitura seja feita “pacientemente uma parte de cada vez”. Poderá ser a leitura utilitária, aquela que se faz a fim de “procurar o que se precisa em cada circunstância concreta” (n.7). Esta, porém, supõe o contato anterior com o texto nos moldes já lembrados da leitura com proveito.
Sem desmerecer o todo, há partes e frases destacáveis pela pujança da mensagem. Desde a introdução, quando o papa cita a si mesmo, constatando que as famílias “não são um problema, são sobretudo uma oportunidade” (n.7) até a conclusão, quando estimula fortemente: “Avancemos, famílias, continuemos a caminhar! O que nos é prometido é sempre mais. Não percamos a esperança por causa de nossos limites, mas também não renunciemos a procura da plenitude de amor e comunhão que nos foi prometida” (n.325).
Posso assegurar-lhes que a Exortação é bela, útil e necessária. Um presente do Papa aos Padres sinodais e a todos os membros da Igreja que a aguardavam, pois, a mensagem é aberta, renovadora, serena, equilibrada e, igualmente, fiel ao Evangelho do amor e da família. Quem leu concordará comigo.
Pela importância do assunto e a maneira como foi abordado pelo Papa Francisco, retornarei ao tema, oportunamente.