Diocese de Iguatu – 60 anos
Socorro Pinheiro (*)
“Não fostes vós que me escolhestes, mas eu vos escolhi e vos designei para que vades e produzais frutos e o vosso fruto permaneça” (Jo 15,16).
Decorridos 60 anos da criação da Diocese de Iguatu, em 28 de janeiro de 1962, vemos com alegria e gratidão o crescimento da igreja, sua atuação e seu dinamismo, sobretudo ao vivenciar os novos tempos. A Diocese de Iguatu nasceu em campo fértil, regado pelas águas do rio Jaguaribe e pela fé do povo iguatuense. Não tardaria para que logo a Diocese se organizasse e crescesse como um grande jardim, com suas árvores frondosas e frutíferas.
Somos ramos que pertencem à videira que é Cristo, como diz a música: “Eu sou a videira, meu Pai é o agricultor. Vós sois os ramos, permanecei no meu amor!”. Nesse estado de sermos ramos, aprendemos tanto sobre o amor de Deus! Para tanto, a Diocese de Iguatu teve à frente bispos construtores de um novo pensar, renovados pela força do Espírito Santo. O primeiro deles foi Dom José Mauro Ramalho(1962-2000), que assumiu seu episcopado em 04 de fevereiro de 1962. Foi sucedido por Dom José Doth de Oliveira (2000-2009), depois pelos bispos Dom João José da Costa (2009-2014) eDom Edson de Castro Homem (2015-2021).
Cada bispo teve seu modo de conduzir a Diocese de Iguatu, a partir de suas experiências, percepções e das exigências inerentes a sua missão. Guiados pelo amor e pelo compromisso de atender as demandas do povo de Deus, os bispos de Iguatu plantaram as sementes, cuidaram do jardim, adubando-o, podando-o e observando seu crescer. Uma observância intercalada pelo diálogo e pela escuta, fazendo-se presente também nas ações dos sacerdotes, que seguemnaturalmente os passos de Cristo.
É o cuidado amoroso que faz existir a vida e a beleza dos ramos. E Deus está na beleza, no amor, na poesia desse momento de festividade, que germina em nosso coração tantas lembranças, alegrias e graças. A comunidade católica se reúne para agradecer e celebrar os 60 anos da Diocese de Iguatu, pela sua missãode evangelizar e pelo cuidado com a vida. Somos um povo feliz porque temos uma igreja viva, atuante e acolhedora. Uma igreja que está fundada nas raízes do amor de Deus não perece nunca.
(*)Socorro Pinheiro
Professora do curso de Letras da Faculdade de Educação, Ciências e Letras de Iguatu (FECLI/UECE) e do Mestrado Interdisciplinar em História e Letras (MIHL/UECE). Doutorado em Literatura e Interculturalidade (UEPB) e Pós-doutorado em Linguagem e Ensino (UFCG). Membro do Instituto Dom José Mauro Ramalho (IDJM).