Coral “Cantate Dominum “

Estampada na edição atual do jornal “A Praça”, que circula na cidade de Iguatu e região, encontra-se uma foto que reúne Dom Geraldo Freire, redentorista e nosso Bispo Diocesano, juntamente com os integrantes do coral “Cantate Dominum canticum novum”.

(Meu amigo J. Guedes, da equipe de redatores de “A Praça”, tem a gentileza de me enviar a edição virtual desse nobre periódico todos os sábados).

Fiquei muito feliz ao ver essa foto, pois sou um admirador do Latim e, como resultado, um grande apreciador do canto gregoriano. Tive o privilégio de apreciar o canto gregoriano várias vezes no Mosteiro de São Bento, em Olinda.

O canto gregoriano recebe esse nome em homenagem ao Papa Gregório I, o Grande, que liderou a Igreja Católica de 590 a 604. Como Dom Paulo Cavalcante, OSB, antigo vigário de Piquet Carneiro e atual Prior do Mosteiro de Brasília, me explicou uma vez, Gregório reuniu o que havia de mais precioso em termos de liturgia antiga (hinário) nos séculos VI e VII e preservou e divulgou esse tesouro.

O nome “Schola Cantorum de Iguatu” faz referência ao Salmo 97, que diz: “Cantai ao Senhor um canto novo!”

A Igreja Católica é, sem dúvida, rica em sua diversidade, e quando vemos um grupo interessado em explorar as raízes da liturgia, trazendo à tona o canto gregoriano, tenho certeza de que isso é motivo de grande alegria e satisfação.

(É importante destacar que ao longo do tempo, a Igreja, como Mãe e Mestra, sempre cuidou zelosamente de sua Liturgia, fazendo inovações de acordo com a inspiração do Espírito Santo.)

Lembro de minha mãe, Letícia Lucena, que faleceu em 2017, cantando para mim partes da “Missa Oitava”, também conhecida como Missa dos Anjos (De Angelis): Kyrie, Gloria, Credo, Sanctus, Angus Dei. Ela fazia parte do coral da igreja matriz de Piquet Carneiro, juntamente com Maria Dantas Marques (falecida em 1978), Miriam Beserra (falecida em 2021), Isa Ferreira (falecida em 2019), Francisca de Morais, Jarina Dantas (falecida em 2018), entre outras.

Devo esclarecer que, por ter nascido em 1967, não tive a oportunidade de vivenciar a Missa em Latim, com o padre de costas para o povo, voltado para o Altar. O que sei sobre esse período (décadas de 1940, 50 e início dos anos 1960) é resultado de estudos e, como mencionei anteriormente, de visitas ao Mosteiro beneditino de Olinda.

Enfim, um brinde ao Coral “Cantate Dominum”, e meus melhores votos a todos que apoiam esse belo projeto cultural.

Ad multos annos!

LAUS DEO!

(Osmar Lucena)

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