MEMORIAL DA DIOCESE
PELOS CAMINHOS DA HISTÓRIA
RECORDAR É VIVER!
A ASSEMBLEIA DIOCESANA DE DEZEMBRO DE 1980
“O ‘ ROSTO ‘ DA IGREJA QUE QUEREMOS”
Por Osmar Lucena Filho
(Paróquia do SC de Jesus – Piquet Carneiro)
Uma tarefa “desafiadora” foi lançada aos participantes da 15ª Assembleia Diocesana de Pastoral, realizada entre 9 e 12 de dezembro de 1980, no Diocesano, com a participação de, aproximadamente, cem pessoas, entre padres, religiosas (havia muitas na época!) e leigos: delinear, por intermédio de linhas-mestras, “o rosto da Igreja que está por trás de nossas ações pastorais” – O ROSTO DA IGREJA QUE QUEREMOS – uma espécie de “RADIOGRAFIA PSICOLÓGICA (DA ALMA) DA IGREJA PARTICULAR DE IGUATU”
Quem reservar tempo para “reler”, com a devida atenção, as conclusões a que os participantes daquela Assembleia chegaram, ante o desafio que lhes fora então proposto, perceberá a riqueza de conteúdo que estes, ali, nas tais linhas-mestras, inspiradamente, puseram: soa, de fato, à inspiração do Alto, à assistência do Espírito Santo.
O “ROSTO DA IGREJA QUE QUEREMOS”, esboçado faz 40 anos, mostra-se em perfeita sintonia com os Documentos Conciliares, sobremodo com a Gaudium et Spes, Constituição Pastoral sobre a Igreja no Mundo Moderno, que se inicia por estas sublimes expressões: “As alegrias e as esperanças, as tristezas e as angústias dos homens de hoje, sobretudo dos pobres e de todos aqueles que sofrem, são também as alegrias e as esperanças, as tristezas e as angústias dos discípulos de Cristo; e não há realidade alguma verdadeiramente humana que não encontre eco no seu coração.”
Ma não apenas com o Concílio! Há também um estreito relacionamento deste ROSTO com a “história”, com a “vitalidade” e, por fim, com a “realidade” da Igreja que se encontra no Continente Latino-Americano, na esteira das grandes reflexões do CELAM: em Medellín (1968) e PUEBLA (1979). E até com o uso da técnica como meio de evangelização (5º ponto).
Um texto forte, marcado pela necessidade de incrementar um APOSTOLADO que aproxime a Fé com a Vida.
Alguém ainda se lembra desse “ROSTO”? Terá ele desaparecido de nossas ações pastorais? Encontra-se, por ventura, ultrapassado? Recorrer a ele, desengavetá-lo, consistiria, apenas, em saudosismo? Não, de certo!
Por isto, ei-lo, aqui, agora, de novo, estampado nas páginas do Boletim Diocesano, como saiu em nota publicada nesse veículo de comunicação em sua edição de dezembro de 1980:
1- Uma Igreja seguidora de Jesus, cristocêntrica, que proclama pela Palavra e pela vida o Plano do Pai, e celebra as lutas e esperanças do povo;
2- Uma Igreja que se coloca à serviço da Evangelização Libertadora (anúncio, denúncia, testemunho, contestação das injustiças) e procura estabelecer o Reino de Justiça, da verdade, da paz e da libertação de todos os oprimidos;
3- Uma Igreja que faz a opção radical pelos pobres e conscientiza os homens e principalmente os necessitados dos seus direitos, apoiando-os em suas lutas de libertação e organização de classes.
4- Uma Igreja fraterna com consciência evangelizadora, encarnada na realidade, comprometida com as decisões pastorais assumidas em conjunto, onde todos participam e a unidade seja sinal de identidade da Igreja
5- Uma Igreja aberta aos anseios do povo e à evangelização da técnica, iluminada pelo Evangelho e disponível a estar a serviço dos homens.
(Cf. Conclusões da XV Assembleia Diocesana de Pastoral – Iguatu, Dezembro de 1980).
descobrir o rosto da Igreja que está por detrás de nossa ação e a Igreja que queremos.
Cem foi o número de participantes (entre padres, religiosas e leigos) A Assembleia Diocesana de Pastoral, realizada entre os dias 9 a 12 de dezembro de 1980.
Assessor: Pe. Marcelino Siwinski, Representante do Regional Nordeste 1
Num esforço de rever sua caminhada
Uma Igreja seguidora de Jesus, cristocêntrica, que proclama pela Palavra e pela vida o Plano do Pai e celebra as lutas e esperanças do povo;
Uma Igreja que se coloca à serviço da Evangelização Libertadora (anúncio, denúncia, testemunho, contestação das injustiças) e procura estabelecer o Reino de Justiça, da verdade, da paz e da libertação de todos os oprimidos;
Uma Igreja que faz a opção radical pelos pobres e conscientiza os homens e principalmente os necessitados dos seus direitos, apoiando-os em suas lutas de libertação e organização de classes.
Uma Igreja fraterna com consciência evangelizadora, encarnada na realidade, comprometida com as decisões pastorais assumidas em conjunto, onde todos participam e a unidade seja sinal de identidade da Igreja
Uma Igreja aberta aos anseios do povo e à evangelização da técnica, iluminada pelo Evangelho e disponível a estar a serviço dos homens