Texto: Osmar Lucena Filho
Avizinha -se o prazo , dado por Roma ( Vaticano), a fim de que entre em voga a terceira edição do Missal.
Principal ” Livro do Altar” , que contém ” roteiro” para a celebração da Eucaristia, o Santo Missal foi editado, pela primeira vez, em Milão, Itália, no século XV, no ano de 1474.
A função deste é, sem dúvida, oferecer um ordenamento à Sagrada Liturgia, em vista de que seja conservada a “unidade do culto prestado a Deus”, em todo o mundo, pela catolicidade.
Sendo assim , o conjunto de orações ( Coleta , Sobre as Oferendas, pós -Comunhão) , proferidas , na Missa, pelo padre José Alves de Souza, atual vigário de Piquet Carneiro, são feitas , ipsis litteris, pelos SACERDOTES, em todos os quadrantes do orbe, nas diversas línguas em que a Eucaristia é celebrada.
(Agora, recorde -se: o texto original é o latino.)
Do LATIM, língua oficial em que se pronuncia a Igreja Católica no Ocidente, acontecem as traduções.
Depois do Missal de 1474, veio o de São Pio V, papa de 1566 a 1572.
Este Missal serviu de ” farol” ,na hora da celebração da Missa, aos Padres do Rito latino ( fiéis ao Papa, ) ao longo de 4 séculos : de 14 de julho de 1570 a 1 de novembro de 1970.
É preciso que se diga que o mencionado Livro do Altar ( Missal de São Pio V), fruto do Concilio de Trento, passou por adaptações no decurso do tempo.
(Aliás, devo lhes dizer isto: um dos grandes difusores do Missal de 1570 foi exatamente o Santo cuja memória trazemos hoje, 4 de novembro, pela Liturgia: São Carlos Borromeu, que ocupou o Arcebispado de Milão.)
Em verdade, os papas sucessores de Pio V , a saber Clemente VIII (em 1604) , Urbano VIII ( em 1634) , São Pio X ( em 1911), Pio XII (em 1943) e São João XXIII ( em 1962) fizeram -lhe acréscimos.
O Concílio Ecumênico Vaticano II ( reunido de 1962 a 1965) trouxe muitas mudanças para a Liturgia da Igreja.
Não é pois de admirar que , em 1969, o então Papa São Paulo VI, sentisse o imperativo de promulgar um novo Missal.
Assim, mediante a Constituição Apostólica MISSALE ROMANUM ( O MISSAL ROMANO) de abril de 1969, Paulo VI dispôs que , a partir do I Domingo do Advento de 1970, aquelas novas normas fossem, enfim, obedecidas pelos fiéis de Rito latino ( Sacerdotes e Povo de Deus).
(O Missal de São Paulo VI bebeu na fonte de inovação que foi o Concílio Ecumênico Vaticano II, isso é certo.)
Agora, neste Ano da Encarnação de Nosso Senhor, 2023, após longos 19 anos de tradução, chega -se à terceira edição típica do Missal.
Além de novos Prefácios ( 12 ao todo) , temos aí inclusos a ” memória litúrgica” dos santos brasileiros.
Também foram revisadas as traduções de algumas orações, enriquecidos novos Atos Penitenciais, apresentadas novas Liturgias para o Advento e a Páscoa, etc
Enfim, a partir do I Domingo do Advento deste ano, dia 3 de dezembro, os Padres vão poder usar um ” novíssimo” Missal.
Que tudo seja para a maior glória de Deus e de sua Santa Igreja!