(Por Osmar Lucena Filho)
Há 60 anos, no dia 3 de junho de 1963, entregava seu grande espírito ao Criador o Papa João XXIII.
A maioria dos historiadores ao traçar -lhe a biografia , conserva-se , unânime, neste conceito:
“João XXIII foi um dos melhores papas da História, senão o melhor, e um dos mais queridos de todos os tempos.”
De fato, quando ele morreu , 60 anos atrás, seu desaparecimento mereceu o luto da humanidade inteira: cristãos ( católicos e protestantes) e não – cristãos ( até ateus) lamentaram seu trânsito.
João, cujo nome de Batismo era Angelo Giuseppe Roncalli, exercia o Patriarcado de Veneza, cardeal e arcebispo que era daquela célebre metrópole europeia, no momento em que o Sacro Colégio o elegeu como sucessor do Papa Pio XII, falecido em 9 de outubro, após um Papado de 19 anos.
Corria o dia 28 de outubro de 1958.
O Cardeal Nicola Canalli, o proto- diácono, adianta -se ao balcão central da Basílica de São Pedro, e anuncia ” urbi et orbi” ( para a cidade de Roma e para o mundo), a escolha, para o exercício do alto Ministério Petrino, de sua Eminência Reverendíssima o Cardeal Roncalli.
Será ele o Papa de número 261, desde que JESUS CRISTO , nos arredores de Cesareia de Felipe, instituiu o primado de São Pedro, o primeiro Papa, como lemos em Mateus, no capitulo 16.
A grande obra do Papa João foi, indubitavelmente, a convocação ( em 25.01.1959) e realização ( em 11.10.1962), do Concílio Ecumênico Vaticano II, do qual chegou a presidir a Primeira Sessão, entre outubro e dezembro de 1962.
Duas encíclicas suas merecem ser postas em evidência: a MATER ET MAGISTRA (A Igreja, Mãe e Mestra) de 15.05.1961, e a PACEM IN TERRIS ( Paz na Terra), de 11 de abril de 1963.
João XXIII faleceu vítima de câncer de estômago aos 81 anos.
(Aqui em PIQUET CARNEIRO, João Eudes, meu irmão, guarda a lembrança, menino que era, do “sino” da nossa igreja matriz ( do Sagrado Coração de Jesus), dobrando em finados, ao noticiar a morte do Pontífice.)
No governo da Igreja Católica, será sucedido, em 21.06.1963, por Sua Eminência Reverendíssima Dom Giovanni Baptista Montini, que tomará o nome de Paulo VI.
Em 3 de setembro de 2000 , João Paulo II beatificou João XXIII, e em abril de 2014 Francisco, gloriosamente reinante, o canonizou.
Em 2001, sua tumba foi aberta, por ordem de João Paulo II, e quando lhe abriram o caixão, seu corpo estava, 38 anos depois, muito bem conservado, mantendo o mesmo rosto de outrora.
Desde então, o corpo de João XXIII permanece à veneração dos peregrinos, dentro da Basílica de São Pedro, posto numa urna de vidro , bem protegido.
( Nosso amigo Elicler Vidal chegou a ver tal cena , quando de sua viagem pelo continente europeu, em fins de 2005).
(O mesmo o fará , tenho certeza, Paulo De Tarso , meu sobrinho, e sua esposa, Ana Vanecia Lucena , que se articulam para, pela segunda vez, viajar pela Europa, o que o farão, Deo volente, , isto é, se Deus quiser, ainda neste mês do Sagrado Coração de Jesus.
Enfim, isto:
João XXIII deve ser um Papa muito querido para nós, diocesanos de Iguatu, pois foi ele quem erigiu a nossa DIOCESE , em 28.01.1961 , mediante as Letras Apostólicas “In Apostolicis muneris” ( dos encargos apostólicos) , e, seguidamente, nomeou, em 13.10.1961, o padre José Mauro Ramalho de Alarcon e Santiago , então VIGÁRIO de Aracati, para ocupar o posto de primeiro BISPO DIOCESANO de Iguatu ( Primus episcopus iguatuensis).
São João XXIII, orate pro nobis!