Há quem diga: importante é ser pai e não ter filhos.
A frase é de efeito. No entanto, ela serve para incentivar o pai a assumir sua importante missão a incluir a participação na vida e no dia -a -dia das crianças e adolescentes. Neste sentido, ser seria superior a ter. Estimula o pai presente diante do fenômeno social do pai ausente.
Verdade seja dita, há muitos pais presentes. Aqueles que vão à missa dominical, por exemplo, com a esposa e os filhos e filhas expressam um tipo de presença quanto à prática religiosa da família. Aqueles que, aos domingos e feriados, saem com seus filhos para o passeio, a praia, o clube, o futebol, as brincadeiras e jogos. Nos centros urbanos, são vistos nas peças de teatro infantil ou nos shoppings, sobretudo, na praça de alimentação. Nos interiores, nas vaquejadas e rodeios. É a presença paterna no mundo lúdico da criançada.
Bem menos é a participação nas reuniões da escola, infelizmente. Contudo, há pais que comparecem mesmo ocasionalmente, em dias de festa, conclusão de curso ou formatura. Nestas circunstâncias exitosas, o pai presente é requisitado e desejado pelos filhos. Traz-lhes enorme satisfação em suas conquistas.
É verdade que a participação paterna diminui também nas reuniões de Igreja, mesmo quando os filhos estão próximos de receber a primeira Eucaristia ou a Crisma com todo o esforço da Pastoral Familiar. Contudo, há honrosas exceções, em geral, quando é praticante ou comprometido na Comunidade ou em algum Movimento ou Associação.
O pai é de total relevância para Deus, segundo as Escrituras, que fazem muitas referências, desde a simbólica narrativa da criação, quando Adão recebe a missão de povoar a terra, de cultivar e de cuidar do planeta. Os filhos são para ele e todos os pais sinal da bênção divina no serviço prestado à vida e à sociedade.
Diz o salmista: “tua esposa será vinha fecunda, no recesso de teu lar; teus filhos rebentos de oliveira ao redor de tua mesa. Assim será abençoado o homem que teme ao Senhor” (Sl 128[127], 23-24). Por ser um homem abençoado, o pai abençoa, prodigamente, seus filhos e filhas com a bênção da prosperidade e da longevidade. É o caso de Jacó que, antes de morrer, abençoa seus filhos com notáveis oráculos sobre o destino feliz de seus filhos.
A Escritura afirma igualmente: “O Senhor glorifica o pai nos filhos” (Eclo 3, 2) e “O filho sábio alegra o pai” (Pr 10,1). Haverá bênção maior do que estas para um pai de família? Além disso, a Escritura apresenta motivos para o filho honrar o pai e cuidar dele na velhice (Eclo 3). Tais conselhos, quase todos, ainda valem aos nossos dias. Quando atualizados, é a prática do mandamento “honrar pai e mãe” irretocável.
Quanto a Jesus ao chamar Deus de seu Pai, dá grande importância à paternidade. Ele nos ensinou a dizer a Deus: Pai nosso, do qual deriva toda autoridade para amar e servir.
Por ocasião do Dia dos Pais, felicitamos a todos. Rezamos por cada um e suas famílias.